Seca extrema coloca rios de MS em níveis não registrados há 50 anos

A seca extrema coloca rios de Mato Grosso do Sul em um ambiente crítico. O que já foi visto no passado, se repete agora. 

Conforme Marcelo Parente Henriques, pesquisador do Serviço Geológico do Brasil, desde 2019 os dados das estações de monitoramento mostram uma queda acentuada no volume de chuvas e, consequentemente, no nível dos rios.

O cenário remonta cena histórica de 1973. O jornal impresso da época trouxe como destaque na capa a notícia: “O Pantanal está secando”. 

O texto explica que “em algumas fazendas, a água que deveria ser dominante na região chega a escassear e os fazendeiros são obrigados a recorrer a poços artesianos”. 

Um período de seca extrema, considerado histórico pelos pesquisadores, diante da falta de chuvas e do nível do Rio Paraguai.

Toda semana, o serviço divulga por meio do Sistema de Alerta Hidrológico um Boletim de Monitoramento da Estiagem na Bacia do Rio Paraguai. Nesta última semana, o rio manteve a tendência de declínio do seu nível em quase todas as estações de monitoramento da calha.

“Estamos diante de um fenômeno climático, cíclico. Tem relação com as mudanças climáticas, tem. Mas não podemos atribuir somente a isso. É uma situação muito crítica e preocupante”, explica Parente.

O boletim diário da sala de situação do Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) confirma o alerta e mostra que outras regiões estão enfrentando a mesma situação. 

Outro impacto está no aumento de incêndios. “A estiagem prolongada já vem do ano passado, no entanto, em 2019, já foi um ano que o Pantanal não inundou. A Biomassa está completamente desidratada e qualquer fogo pode provocar um incêndio de maiores proporções”, complementa o pesquisador.

A Defesa Civil de Mato Grosso do Sul diz que o Estado acompanha a situação e tem tomado medidas de prevenção, como a instauração do Plano de Manejo Integrado do Fogo. 

“O impacto disso é na navegação, principalmente, então, está inviável transportar minério pelo rio, por exemplo. A opção é fazer o transporte por terra. As concessionárias de abastecimento já fizeram a parte delas, então em monitoramento para não faltar água e os combates a incêndios estão sendo feitos em várias regiões”, aponta o tenente-coronel, Fábio Catarinelli.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nota de esclarecimento da Sygo

RS está sob alerta de temporais

Ator Sidney Sampaio tem alta de hospital após queda do hotel