Criminosos tem usado o WhatsApp para chegar aos usuários do PIX


O WhatsApp tem sido usado por golpistas, para chegar aos usuários do PIX e suas contas bancárias. De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), existem dois modelos de golpes mais comuns nesse aplicativo

O primeiro é o “golpe da clonagem do WhatsApp”. Uma mensagem é enviada pelos criminosos, fingindo ser de empresas em que as vítimas já possuem cadastros. Em seguida, é solicitado o código de segurança, já enviado por SMS pelo aplicativo, alegando ser uma manutenção, atualização ou confirmação de registro. 

Com esse código em mãos, os criminosos conseguem acessar a conta do WhatsApp em outro aparelho celular. Assim a clonagem acontece. Depois disso, os bandidos conseguem enviar mensagens para os contatos da conta, se passando pela vítima e pedindo dinheiro emprestado.

Nesse caso, essencialmente, o pedido é que a transferência seja feita via PIX, porque o dinheiro é creditado instantaneamente, sem dar tempo de que a vítima ou a pessoa que depositou o dinheiro percebam o golpe. 

De acordo com a Febraban, uma medida simples para evitar esse tipo de golpe é a ativação no WhatsApp da ferramenta de "verificação em duas etapas”. Esse sistema pede que o usuário cadastre uma senha, que será solicitada, de tempos em tempos, pelo aplicativo.

É importante ressaltar que essa senha não deve ser compartilhada ou enviada para outras pessoas. Para acessar essa ferramenta, siga este caminho no aplicativo: Configurações/Ajustes > Conta > Verificação em duas etapas.

Já o segundo golpe mais comum, é chamado de "golpe de engenharia social com WhatsApp". Neste, o golpista escolhe uma vítima, coleta alguns dados na internet e em redes sociais, utiliza a foto da pessoa, descobre alguns contatos da vítima e cria uma nova conta de WhatsApp para a pessoa, com um outro número de celular.

O próximo passo é contatar alguns dos parentes ou amigos da vítima, se passando por ela e dizendo que teve problemas com o número original. Então, os criminosos pedem a transferência via PIX, alegando alguma emergência. A preferência do PIX é pela mesma razão que no golpe anterior.

Esse esquema de golpe não envolve a clonagem do WhatsApp, mas utiliza a plataforma como meio de concretizar o roubo. A Febraban alerta que "é preciso ter muito cuidado com a exposição de dados em redes sociais, como, por exemplo, em sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário".

Se a pessoa foi vítima de um golpe destes, o advogado Luiz Augusto D'Urso afirma que a recuperação do dinheiro é um processo complexo. Mas indica que a vítima deve denunciar o golpe aos bancos envolvidos na transferência e também registrar ocorrência na polícia. O boletim de ocorrência policial e o registro da denúncia aos bancos podem ser usados como provas, caso a pessoa decida recorrer à Justiça.

Na última quinta-feira (23), o Banco Central (BC) aprovou novas medidas de segurança, para dificultar os golpes que envolvem o PIX. Até o dia 4 de outubro, todas instituições financeiras devem estabelecer o limite de R$ 1 mil para as transferências e pagamentos feitos por pessoas físicas entre as 20h e as 6h. Essa medida visa diminuir os casos de sequestros e roubos noturnos.

Além disso, o BC exige que as instituições registrem, diariamente, ocorrências de fraude ou de tentativas de fraude nos serviços de pagamento. Os registros devem apresentar as medidas de correção e/ou resolução do problema. A exigência deve ser implementada até 16 de novembro. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nota de esclarecimento da Sygo

RS está sob alerta de temporais

Ator Sidney Sampaio tem alta de hospital após queda do hotel